quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Destruído por incêndio em 2012, ginásio do Flamengo é reinaugurado


A primeira vez que pisou no ginásio do Flamengo, em 1997, é lembrada com riqueza de detalhes. Jade Barbosa recorda o que sentiu ao ver os irmãos Daniele e Diego Hypolito treinando naquele espaço que acabou ganhando um quê de sagrado para ela. Em 29 de novembro de 2012, um incêndio deixou toda a equipe desnorteada e sem casa. Cada um foi obrigado a tomar um novo caminho. Nesta quinta-feira, Jade não escondia a satisfação de ver sua velha casa com cheiro de nova ser reinaugurada. Numa das paredes, uma placa com seus nome repousa ao lado das que homenageiam os Hypolito, Sergio Sasaki, Luisa Parente e mais outros quatro ginastas que representaram o clube em Mundiais e Olimpíadas. 

Ginásio de ginástica do Flamengo é reinaugurado (Foto: Danielle Rocha) 
Ginásio de ginástica do Flamengo é reinaugurado (Foto: Danielle Rocha)

As obras de recuperação foram um investimento do Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, sigla em inglês) e contaram também com "um dinheirinho" do Flamengo, como diz o presidente Eduardo Bandeira de Mello. A Confederação Brasileira de Clubes (CBC) ajudou na compra de equipamentos que ainda estão para chegar, além dos doados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). O local ganhou um sistema de climatização capaz de diminuir em 10 graus a temperatura ambiente, além de sala de fisioterapia e outra para técnicos.

- Foram três anos superlongos. Quando tudo aconteceu a gente ficou muito triste por ser a nossa segunda casa. E ver tudo de pé de novo, ver que esse ginásio tem um clima bom não tem alegria maior. Está todo mundo animado. Está tudo bem feito, tem aparelhagem, está com banheiro... a gente tinha uma situação difícil aqui. Só em saber que temos nosso canto de volta, não tem preço - disse Jade.   

Equipe de ginástica do Flamengo na reinauguração do ginásio (Foto: Danielle Rocha) 
Equipe de ginástica durante evento no reformulado ginásio (Foto: Danielle Rocha)

Os cuidados são seguidos por todos. Para preservar o tablado do solo, plásticos foram colocados para evitar que a água de três pequenas goteiras pudessem danificá-lo. Assim que a chuva der uma trégua, o problema será reparado. Logo ali ao lado, Georgette Vidor exibia uma largo sorriso. Mostrava satisfação por ver de novo o ginásio onde passou boa parte da carreira "vivo". Ele deverá ser o endereço da equipe brasileira feminina do Brasil depois que o CT da Arena da Barra for entregue ao Comitê Organizador dos Jogos, possivelmente em abril. As conversas estão bem encaminhadas, de acordo com a coordenadora da seleção. 

- Quando esse ginásio pegou fogo a gente não sabia se ia ser possível resgatá-lo. Ainda bem que na época nós conseguimos o apoio da prefeitura de Três Rios para que as meninas pudessem treinar lá. O Flamengo tem metade da seleção. Agora temos ele recuperado, fresco, e o Rio vai poder continuar formando atletas, o Flamengo é o maior formador do país. Esse ginásio pronto também nos dá tranquilidade para ter essa casa para treinar quando sairmos do CT. É provável. A negociação entre Federação Internacional (FIG), Comitê Olímpico Internacional (COI) e Comitê Rio 2016 está bem encaminhada. Acredito que levará mais uma semana - afirmou Georgette, que agora dá nome à sala de força do clube. 

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